Sabem aqueles frases? “Ai, mas eu sou de Áries e não sou treteiro”, “sou de Leão e não sou narcisista” ou “não gosto de Astrologia, é só baboseira, não sou nada do que dizem que meu signo é”, blablabla. Estudantes de Humanas e adoradores de signo, ou, em hipóteses mais radicais, os dois – eu mesma – juntem-se! Temos um achado adiante, segura que lá vem resenha de um livro esclarecedor, que responde muitas dúvidas e criar várias novas.

A HISTÓRIA DA ASTROLOGIA PARA QUEM TEM PRESSA é parte de uma coletânea da Editora Valentina que busca explicar e analisar dada temática de uma maneira veloz, mas não menos completa. Desta vez, faz-se uma trajetória desde os princípios da Astrologia:  suas semelhanças, diferenças e adições com a Astronomia, principais pensadores, correntes, leituras complementares necessárias, para então, a compreensão dos elementos que constituem os mapas astrais e norteiam suas interpretações – para quem não é muito situado no tema, o que define quem você é e como age diante do mundo e com outras pessoas é o seu mapa astral, e não seu signo (ele é só mais uma parte do mapa).

É o livro ideal para todos que querem entender um pouco mais sobre o tema, ou romper com seus próprios tabus. Com capítulos segmentados, cada um deles conta sobre um aspecto em específico da Astrologia. É necessário ter lido e entendido os capítulos iniciais para compreender os seguintes, já que o autor parte da concepção de total entendimento do leitor para seguir adiante.

São 179 páginas, escritas por Waldemar Falcão, um dos grandes nomes da Astrologia no Brasil, que, ao menos para mim, foram passadas com certa dificuldade. Não sei se é porque meu raciocínio não é tão veloz, ou se não entendo tanto sobre Astrologia, todavia, para um livro que seria, na teoria, para pessoas de diferentes níveis de conhecimento, não acredito que abrange a todos, pois não me abrangeu.

A questão da linguagem e da construção das frases contribuem ainda mais para essa percepção, posto que, embora seja poético o jogo de palavras, há beleza nesse requinte, há também confusão. Mesmo sendo uma leitora com uma bagagem cultural um pouquinho maior, tive muita dificuldade para compreender parte significativa do livro, mas, acredito também, que parte da culpa seja minha.

Peguei a obra acreditando ser mais uma história de lazer, de entretenimento, algo corriqueiro, simples de entender. Me vi diante de um livro beirando o academicismo, repleto de referências bibliográficas e pesquisas, que são necessárias “mergulhar fundo” para compreender o que realmente está sendo dito. E não acredito que isso seja ruim, pelo contrário. Serve para romper com o preconceito que se tem de que Astrologia é algo sem fundamento, parte total do mundo das ideias. Só acho que não condiz com o meu perfil literário mesmo. Gosto de coisas simples, leitura de passatempo, tipo filme de Sessão da Tarde, para emergir naquele universo e esquecer de tudo, e sem necessariamente muito esforço.

Como já disse, não diria que A HISTÓRIA DA ASTROLOGIA PARA QUEM TEM PRESSA é ruim, só não se enquadra no meu perfil literário mesmo. Recomendo para quem quer conhecer mais sobre o tema, ou busque nas leituras corriqueiras um espaço de aprendizado constante.

AVALIAÇAO:

AUTOR: Waldemar FALCÃO, astrólogo pioneiro no Brasil, fez parte do grupo que fundou o Sindicato dos Astrólogos do Rio de Janeiro (SINARJ) e a ONG Central Nacional de Astrologia. Estuda astrologia desde 1976 e atua como profissional desde 1987.
EDITORA: Valentina
PUBLICAÇAO: 2019
PÁGINAS: 200

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22/08/2019
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