Por quatro minutos, Hadley, uma garota de 17 anos, perde seu voo para a Inglaterra, onde o pai vai casar com uma mulher que ela não conhece e nem aprova. Consegue outro voo, só que terá de esperar quase 4 horas no aeroporto, o que significa que pode não chegar a tempo para o casamento.
Por quatro minutos, Hadley conhece Oliver, um garoto de 18 anos, que também está indo para a Inglaterra, que oferece ajuda para carregar sua bagagem e que está no mesmo voo que ela, sentado bem ao seu lado.
Durante as horas seguintes, até desembarcarem na Inglaterra, eles se apaixonam. Conversam sobre seus pais, seu passado, planos para o futuro e, principalmente, adoráveis trivialidades. Só que Hadley está indo para um casamento, e Oliver está indo… bem, para outro compromisso, cuja similaridade é que também envolve o pai.
Jennifer E. Smith sabe como criar conversas inofensivas e, ao mesmo tempo, instigantes entre Hadley e Oliver. Elas são doces, meigas, fazem o coração bater mais forte. A cada beijo roubado, ou não, de Oliver em Hadley, não há como não sorrir ou suspirar. Não há como não se apaixonar pelo casal.
E o livro funciona muito bem nesse sentido. Entretanto, Smith parecia não saber disso enquanto escrevia.
A narrativa é em terceira pessoa, mas ficamos apenas sabendo o que Hadley pensa ou sente. Oliver é uma incógnita para o leitor. Também apenas acompanhamos os acontecimentos de Hadley, nunca de Oliver. Fica estranho. Seria mais natural se a narrativa fosse em primeira pessoa, feita por Hadley.
Os melhores momentos do livro, conforme disse à pouco, são quando Hadley e Oliver estão juntos. Eu precisei fazer algo de que vocês vão rir: contei as páginas em que isso acontece. Das 224 páginas, eles aparecem juntos em apenas 72! O resto do livro é praticamente todo sobre o drama que Hadley faz pelo casamento do pai com a nova mulher. Como não há motivo para tanto drama, uma vez que o pai ama a nova esposa, e a mãe não ficou triste com a separação, pelo contrário, aceitou e até arrumou um namorado de quem gosta, a história fica maçante, e eu me vi pulando páginas à procura de quando Oliver iria aparecer novamente.
O que descobrimos é que o drama de Hadley sobre a nova vida do pai se deve à sua imaturidade e insegurança, condizentes com sua juventude. É aquele egoísmo de perdermos nosso ponto de referência paterno. Ela sabe que o pai e a mãe estão felizes com a nova situação, mas ela mesma não está, sente-se traída, deixada de lado.
Quando descobri o motivo de Oliver ter ido para a Inglaterra, aí fiquei mais confuso, porque o drama dele com o pai é infinitamente mais interessante do que o de Hadley, e, no entanto, em momento algum é explorado.
A leitura de A PROBABILIDADE ESTATÍSTICA DO AMOR À PRIMEIRA VISTA é deliciosa nas 72 páginas em que acompanhamos a descoberta desse sentimento por Hadley e Oliver. No fim, fiquei com a sensação de ter um delicioso chocolate na mão, mas só poder dar uma mordida e jogar o resto fora. Fica aquela vontade de mais.
AVALIAÇÃO:
AUTORA: Jennifer E. SMITH é autora dos livros A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista, The Storm Makers, You Are Here, The Comeback Season, This is What Happy Looks Like e seu mais recente sucesso, The Geography of You and Me. Ela completou seu mestrado em Escrita Criativa pela University of St. Andrews na Escócia e atualmente trabalha como editora na cidade de Nova York. Seu trabalho já foi traduzido em 27 línguas
TRADUÇÃO: Camila MELLO
EDITORA: Galera
PUBLICAÇÃO: 2013
PÁGINAS: 224
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Felizmente A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista é um livro bem curtinho, porque eu compartilho dessa mesma aflição de acompanhar o drama de Hadley, ansiando seus momentos com o Oliver, foi esse é o principal ponto por eu ter retirado 1 estrela da avaliação. O fato da narração ser em 3ª pessoa também me incomodou bastante, apesar disso o foco era sempre a Hadley, o que não me interessou muito. Enfim, classificaria como um livro passatempo.
Isso, mas as partes em que o casal interage, são apaixonantes…
Uma história muito amorzinho com aquele jeitinho de Sessão da Tarde.
Oliver um menino muito especial e sensato para a idade que está enfrentando uma barra mas mesmo assim fica dando uma de conselheiro pra Hadley que muitas das vezes é dramática demais em relação ao casamento do pai.
Dá para ler rápido, e pelo menos metade dele é muito bom.
Ahhh!!!Eu li este livro já tem um bom tempo e é o tipo de história que curto. Leve, descontraída e? Apaixonada! rs
Paciência em conferir o número de páginas onde o casal está literalmente juntos(queria eu ter essa paciência)
Mas no mais, é um livro gostoso, sem pretensões, daqueles que você lê e sente o tal calorzinho no coração.
Super recomendado!
Beijo
Sim, no fim é bem gostoso!
KKKKKKKKK PERDI OS LADOS NA PARTE D CONTAR AS PARTES QUE ELES FICARAM JUNTOS AAAAAAAAAAAAAAAA
Gente, eu faço isso demais. Fiz com um faz pouco tempo (Na Escuridão da Mente) e abandonei porque quase não tinha cena de quem eu achava que mais devia ter kkkkkk
Tipo: autor, faça mais disso aqui!!!
Então, parece que alguns autores não se dão conta do bom e do ruim que escrevem kkkk
Ah poxa, talvez seria bem mais legal se a autora tivesse feito a história de Oliver com o pai a principal e não o “drama” de Hadley com o casamento do pai. Uma pena Oliver aparecer com Hadley em menos que a metade do livro.
Achei fofo essa questão de tudo acontecer por causa de quatro minutos, gosto quando histórias envolvem isso.
Se eu estivesse lendo no seu lugar, acho que também pularia algumas páginas para chegar nas que os dois estão juntos kkkk.
Não leria esse livro, pelo menos por enquanto.
Foi o que fiz, pulei mesmo kkk
Olá! Eu li há tanto tempo, que sinceramente não lembro muita coisa em relação à história, só que na época achei bem amorzinho, o que mais chamou minha atenção foi à capa e o título, agora que você destacou o fato dos dois ficarem juntos apenas em 72 páginas, me peguei pensando aqui, igual naqueles memes, quando lemos uma história pela segunda vez, “Pera, eu não me lembro disso”; “Como pude esquecer disso?”; “Mas o que é isso aqui”.
Também sou assim kkkk
NOOSSSA…. esse livro esta na minha lista de leitura desde o ensino médio quando uma amiga minha leu e pediu para que eu lesse que era muito bom, mas vou confessar que a historia nunca me cativou tanto assim para eu conseguir a ler e achar o máximo como minha amiga acho, pode ser que um dia talvez ou não eu o desenterre da minha lista, mas no presado momento vou deixar ele lá quietinho.
Desenterra, sim, e leia!