SOCIAL KILLERS, AMIGOS VIRTUAIS, ASSASSINOS REAIS traz a história de 33 assassinos, com desfechos (e sem também), que utilizaram a Internet como seu meio para encontrar uma vitima. O livro traz bastante informação sobre os casos, sobre as vítimas e sobre como tudo ocorreu.
Acredito que diante de tantas histórias, o medo temível de se tornar a próxima vítima vem à tona, apesar de que muitas delas foram feminícidio.
Uma das coisas que me deixou um pouco (muito) revoltada, foram as introduções dos casos. Minha gente, era só contar, não precisava repetir as mesmas coisas de diversas formas.
Outro fato que também me irritou no livro, foi que parecia, de alguma maneira, que o autor tentava justificar os crimes, como se fossem culpa da vítima e não do assassino. Vocês querem um exemplo? Então, um dos assassinos vendeu um rádio antigo em troca de outro, e não recebeu o que queria, então ele construiu uma bomba e matou a pessoa que “passou a perna” nele. O autor tentou justificar o crime antes de contar, disse que o garoto que não fez o envio correto primeiro, para, então, dizer como foi morto.
Mas, de verdade, um rádio é desculpa para matar alguém? Isso sem contar nos inúmeros homicídios de “mulheres que se prostituiam”, utilizando a Craigslist. Que aliás, foi uma das formas mais usadas pelos assassinos, faladas durante o livro, ou era Craigslist ou chat para suicidas.
Acredito que uma das poucas histórias que mais me comoveu, foi a mãe de um garoto que estava envenenando e causou a morte de seu filho por causa de seguidores no Facebook. Acho que o livro deveria ter ido mais para esse caminho, pelo o que as pessoas estão fazendo com sua vida para se tornarem famosas, seguidas, comentadas, do que ter ficado repetindo a história de assassinos pela Craigslist.
Porém, um dos fatos bons do livro, é que ele mostra uma forma de você abrir os olhos e perceber que, por mais que a pessoa te envie 50 fotos, pode não ser ela alí, e que o mundo virtual está revelando personalidades desconhecidas, dando coragem para fazer tudo aquilo que seriam julgadas se fizessem abertamente.
As histórias também são curtas, algumas falando sobre a infância conturbada, ou sobre como eram pessoas de bem (mais uma vez, tentando justificar os crimes).
No final do livro, existe um capítulo que mostra como a polícia chegou até os criminosos. O que foi algo incrivelmente sensato do autor colocar, após tentar justificar crime por crime, com uma introdução ridícula daquelas e repetitiva em todos os capítulos.
AVALIAÇÃO:
AUTOR: R.J. PARKER; J. J. SLATER
TRADUÇÃO: Lucas MAGDIEL
EDITORA: Darkside
PUBLICAÇÃO: 2015
PÁGINAS: 272
COMPRAR: Amazon
Acredito que o principal ensinamento que podemos tirar de Social Killers é a (falsa) sensação de segurança que permeia a internet, e de como nem tudo o que está lá é bom ou real, confrontando o leitor com a mente doentia dos personagens do livro
Exatamente! A internet é um ninho onde você deve estar preparado para tudo.
Olá! Acho que o livro acaba trazendo um resumo do que vemos na tv cada vez com mais frequência, triste realidade, acho que o fato do auto tentar justificar tais crimes definitivamente é bem cansativo e dispensável (afinal, não há justificativa neh), sem dúvida é preciso ficar alerta o quanto confiamos em “conhecemos” na internet.
A era digital aperfeiçoa o que muitos terem dificuldade de praticar ao vivo. Muitas pessoas se fecham no “mundo real” e só se abrem no virtual, e é claro que existiriam pessoas a se aproveitar disso. Da dita solidão humana.
Foi o que eu também entendi, acho que deveriam ter detalhado mais as histórias e não ficar apenas no superficial, e justificar tanto que os crimes foram por “culpa” das vitimas.
Amanda!
Diante de tantos feminicídios que temos visto, o livro deveria ser mais esclarecedor e não ficar desculpando os assassinos. Mas, é bem assim mesmo que acontece, infelizmente as pessoas culpam as vítimas, não os executores e por isso mesmo que muitas mulheres que sofrem algum tipo de abuso, não delatam, porque ficam se achando culpadas e quando o fazem, quem recebe a denúncia, acaba insinuando a mesma coisa… absurdo!
cheirinhos
Rudy
O livro é um poço de justificação, para todos os crimes, aliás, a maioria dos assassinos matavam mulheres mesmo porque “são frágeis”. É um livro que para alguém facilmente influenciável já leva a pensar que é culpa da vitima.
Amo livros assim, que trazem histórias de assassinos. Aliás, livros, filmes, tudo que remete a isso me anima a ler e ver.
Vi ontem um documentário, Amanda Knox, de um assassinato sem solução até hoje e vibrei com tudo que vi. E o intrigante é achar que se é culpado ou em momentos, não se é. Amei!
Mesmo com estes pontos negativos do livro, da introdução e desse justificar os crimes, a maioria deles como culpa da vítima, quero sim ainda poder conferir este livro.
DarkSide arrasa nas capas!
Beijo
Fique a vontade com a leitura, mas não se deixe influenciar pelo que lê!
Oi Amanda, tudo bem?
Eu adoro ler histórias sobre serial killers, mas sua resenha me desanimou um pouco sobre esse livro, principalmente por a maioria dos casos serem feminicídio. Fiquei chocada com essa história da mãe que envenenava o filho por causa de uma rede social. Gostei muito da sinceridade.
Beijos
Olá, também gosto de ler sobre, mas esse livro é desapontante, o caso da mãe é um dos piores porque era o próprio filho dela!
Esse é um dos livros que estou louca para ler, pois tenho outros dessa coleção Crime scene da Darkside e que são muito bons!! Acho que todos nós temos que nos atentar com a internet,pois a maioria das coisas que vemos não é verdade, temos que ser mais precavidos!!
O livro não me chamou muita atenção. Gostei muito do título, porém o que você relatou na resenha fez com que eu perdesse a vontade de ler esse livro.
Detestei o fato do autor tentar justificar os crimes. Isso já deixa o livro menos interessante ao meu ver.
No mais, gostei da sua resenha.
Bjos
A proposta do livro não me atraiu, o fato de ser banalizado, tentando justificar e ser repetitivo, já atribuiu um ar de desinteresse acerca da história, por isso, identifiquei com a sua colocação juntamente da resenha.