No dia 23 de junho de 2018, 12 meninos de um time de futebol chamado Javalis Selvagens, com idades de 11 a 16 anos de idade, mais o treinador, de 25 anos de idade, ficaram perdidos em uma caverna situada na Tailândia.O alerta foi dado pela mãe de um dos meninos, já de noite, e as buscas começaram no dia seguinte, debaixo de forte chuva. Ao encontrarem marcas de pés e mãos no interior da caverna, a equipe deduziu que os meninos e o treinador ficaram bloqueados pela subida repentina da água e foram obrigados a entrar cada vez mais fundo, e agora não conseguiam voltar.
No dia 25 de junho, mergulhadores da Marinha começam a percorrer quilômetros dentro da caverna, mas a forte chuva que persistia, impedia que eles entrassem em diversos setores.Dois dias depois, 30 militares americanos e 3 especialistas britânicos chegam ao local, mas também não conseguiram avançar. Apenas no dia 2 de julho, as equipes de resgate conseguiram encontrar o grupo perdido. Agora, o desafio era conseguir trazer todos eles debaixo de 400 metros de água, sendo que nenhum deles sabia nadar.
OS MENINOS DA CAVERNA é o relato do correspondente da TV Globo e GloboNews, Rodrigo Carvalho, onde ele conta a dramática história do resgate do time de futebol juvenil que ficou dezoito dias preso.
A narrativa vai muito além do resgate espetacular, mergulhando na origem dos Javalis Selvagens e visitando o contexto político, social e religioso do país. Traz, ainda, os cenários do Sudeste Asiático e destrincha por que o time se tornou um símbolo de solidariedade mundial, em uma história capaz de desviar as atenções de uma Copa do Mundo.
O autor nos mostra o quão poderoso e transformador é o exercício de se colocar no lugar do outro, não importa se ele está na nossa esquina ou em uma caverna tailandesa. Esta é, sobretudo, uma história de esperança. Mas também é um exemplo de como a imprensa contribui para que exista liberdade de informações entre diversas culturas e países tão diferentes e distantes.
Hoje, dia 3 de maio, é o dia de comemoração da LIBERDADE DE IMPRENSA, e sua importância é tamanha, que foi assegurada na Constituição de 1988:
– Nenhuma lei ou dispositivo pode vetar de qualquer forma a plena liberdade da informação jornalística;
– É vedada toda censura – seja de natureza política, ideológica, artística.
– E é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo que tenha sofrido. Estão sujeitos à indenização por dano material, moral ou à imagem.
Através da imprensa, dos veículos de comunicação, a sociedade é informada, com conhecimento de causa, sobre o que acontece no mundo, no país, na cidade, no bairro onde cada um vive. É através da imprensa que tomamos conhecimento de praticamente tudo o que acontece todos os dias em todos os setores existentes. Foi assim com os 12 meninos da Tailândia, onde através da imprensa todo o planeta acompanhou o resgate. Foi assim no golpe de 64 e durante a ditadura, onde muitos profissionais da imprensa foram presos, torturados ou deportados, apenas porque relatavam o que realmente acontecia no Brasil.
A imprensa tem o importante papel de denunciar irregularidades e injustiças, de buscar a verdade através de investigação e apuração de fatos verídicos e comprovados. Sem liberdade para isso, a imprensa é censurada e impossibilitada de cumprir seu papel fundamental para com o povo.
Em uma alegoria, da mesma forma que os 12 meninos foram presos em uma caverna pela força da água da chuva, a imprensa não pode ser bloqueada por interesses políticos ou financeiros.
Nenhuma democracia sobrevive sem uma imprensa livre e nenhuma ditadura sobrevive com uma imprensa livre. – Jorge Pedro Sousa
Nós, como integrantes de uma sociedade democrática, livre, temos a obrigação de vigiar, cobrar e incentivar a liberdade de imprensa. Só assim poderemos nos manter como uma sociedade democrática e livre.
AUTOR: Rodrigo CARVALHO
EDITORA: Globo Livros
PUBLICAÇAO: 2019
PÁGINAS: 176
COMPRAR: Amazon
Puxa, que bacana ver o livro assim, não apenas trazendo este drama que marcou a todos nós que acompanhamos agoniados em frente a tv até o último resgate.
Engraçado que pensava eu que era somente isso..um livro trazendo mais destas crianças, do treinados, dos salvadores.
É a imprensa, o seu poder, a livre expressão. O não somente levar informação, mas também com isso, instruir, alimentar a esperança e sim, poder mostrar fatos que muitas vezes ficam escondidos.
Adorei muito tudo isso e com certeza, quero ter oportunidade de conferir este trabalho!!!
Beijo
Confira, vale muito!!!
Acredito que mais que um livro e reportagem, Meninos da Caverna é uma homenagem aos próprios meninos, a todos que se envolveram nesse resgate dramático. É sobre humanidade, que nos mostra a importância da esperança, da fé e da empatia.
Sem dúvida!
Não sabia que tinha esse livro e fiquei emocionada. Lembro que durante as idas e vindas dos nadadores, um profissional acabou morrendo afogado por problemas na bomba de oxigênio. Tenho certeza que é um livro para ter guardado com muito carinho pra lembrar, tanto do ocorrido, quanto da importância da imprensa e a liberdade.
Lançamento, saiu mês passado. Vale demais a leitura!
Oi, Carl
Admiro muito os profissionais ligados a qualquer tipo de imprensa, principalmente aqueles repórteres que arriscam suas vidas pela informação que vem até nós. Isso que é amor a profissão.
Agradeço muito pela liberdade na comunicação que temos hoje, coisa que meus avós eram proibidos de se expressar.
É um livro que todos tem que ler.
Beijos
Também acho que deve ser muito interessante!
Carl!
Pude acompanhar pela tv too oprocesso de resgate, as dificuldade e as reportagens e se não fosse a liberdade de expressão, talvez não pudéssemos saber a realidade e o erros.
Gosto de livros de repórter jornalísticos, porque eles tem uma visão um pouco mais objetiva e focada do que nós leigos, sabem como impressionar, o que falar para nos emocionar ou não…
cheirinhos
Rudy
Olá! Muito legal colocar essa história tão emocionante em um livro e assim eternizar esses momentos que sem dúvida, marcaram milhares de pessoas ao redor do mundo. Foram dias de muita reza, torcida e esperança. Mas não posso deixar de destacar que alguns dos “nossos” representantes deveriam ler a matéria e entender e respeitar, acima de tudo, a liberdade de expressão e a importância dos veículos de comunicação (#sóacho).
Com certeza!