SE EU NÃO TE VIR PRIMEIRO traz a história de Parker, uma garota que perdeu sua mãe e sua visão no mesmo acidente aos sete anos de idade. Parker é forte e destemida, e mesmo sendo cega, é autosuficiente e faz o máximo para não depender de ninguém. Quando uma das duas escolas de sua cidade é fechada, ela tem que aprender a lidar com seu passado, junto com corredores lotados de alunos novos e perdidos.
O livro mostra a rotina de Parker, que de tão “normal“, nem parece que ela é uma garota cega. Uma das passagens do livro diz: “Eu não consigo enxergar, mas consigo correr, tudo o que eu preciso é de instruções. É tipo… dançar música lenta, certo? Se você não tem um parceiro, as pessoas te dizem pra encontrar alguém, elas não dizem que você não pode dançar. Se você não quiser ser minha parceira, tudo bem, eu sei que provavelmente é chato ficar sentada me dando instruções, mas não me diga que eu não posso correr.“. Eu tomei isso como um exemplo, porque muita gente acha que só porque tem uma dificuldade, não vai conseguir, e infelizmente acaba nem tentando.
Gostaria também de falar que os amigos de Parker são simplesmente incríveis. Molly é uma garota única, que sabe que a dor de cada um é diferente, mas mesmo assim, está ali para apoiar sempre que necessário.
Faith, apesar de não ser tão próxima, é como um anjo, simplesmente maravilhosa, e que nunca abandona seus amigos.
Sheila se torna uma das melhores personagens do livro, e vejo o quanto ela se desenvolve lidando com todas as mudanças.
E Sarah, a melhor amiga de Parker, é uma mãe coruja, que sempre cuida de seus próximos.
Outra coisa em que me envolvi muito durante a leitura, foi o fato do foco não ser um romance e, sim, as superações da Parker. Okay, tudo que Scott (antigo namorado dela/drama) está envolvido, causa certas emoções nela, mas são poucas as passagens com eles.
Uma das coisas que senti falta foi a convivência da Parker com o pai, a maior parte são lembranças que ela tem, mas além das “conversas” dela com ele, pouquíssimo sabemos.
Outro fato que me chamou a atenção, foram os ataques de pânico da Parker, que se tornaram fortíssimos em determinado momento do livro, e não há nada sobre ela ter um psicólogo ou acompanhamento.
SE EU NÃO TE VIR PRIMEIRO é mais que um livro adolescente romantiquinho, é um livro sobre uma garota que perde sua visão, perde seu primeiro amor, perde seu apoio principal, e mesmo assim não desiste de tentar conquistar suas vitórias. É um livro que te mostra como a inclusão social não é algo de outro mundo, e eu recomendo muito essa leitura para quem não sente gatilhos ao ler sobre ataques de pânico.
AVALIAÇAO:
AUTOR: Eric LINDSTROM trabalhou na indústria de entretenimento durante anos como diretor criativo, designer de jogos e escritor. Como editor e coescritor de Tomb Raider: Legend, ele recebeu uma indicação no BAFTA de 2006 na categoria de Melhor Roteiro de Videogame. Como diretor criativo e escritor, ele recebeu outra indicação no BAFTA de 2009 por Tomb Raider: Underworld na categoria de Melhor Videogame de Ação e Aventura e uma indicação de Melhor Escritor de Videogame no prêmio Writers Guild of America. Ele foi voluntário em uma escola, professor substituto e professor do jardim de infância. Depois, conseguiu qualificação para dar aula no Ensino Fundamental e então descobriu o mundo dos livros Jovens Adultos e o quanto eles são legais. Eles são quase tudo o que Eric lê, e agora escreve, em sua casa, que fica perto da praia, na Costa Oeste dos Estados Unidos. Eric mora com a esposa e seus gatos.
TRADUÇAO: Maryanne LINZ
EDITORA: Rocco
PUBLICAÇAO: 2019
PÁGINAS: 314
COMPRAR: Amazon
Oi Amanda, sobre gatilhos de síndrome do pânico achei muito curiosa a sua colocação, pelo que entendi parece ser um livro com descrição bem forte a esse respeito, mas que nos outros aspectos parece ser mais leve. E sobre inclusão eu acho que é de suma importância falar sobre isso, um assunto que não deveria apenas ser discutido, e sim ser tarefa diária de todos, incluir, adaptar, unir, reconstruir e desconstruir conceitos. Acho a capa linda e sei que é o título escrito porque conheço minimamente o Braile, inclusive é uma disciplina que posso optar como grade na faculdade e com certeza farei mais profundamente,
Oi Drica!
Sim, os ataques de pânico são bem fortes mas não são mencionados como ataques e sim como “explosões” já que a Parker sempre guarda os sentimentos dela, mas pelas características são AdP sim! Infelizmente achei que faltou o contexto de ter um profissional na vida da garota, porque a maior parte do desabafo dela era sempre com as amigas ou nas “conversas” com o pai
Parece ser uma história que nos traz esperança.
Parker me pareceu ser uma menina de fibra que mesmo diante de tudo o que passou, se tornou resiliente e dona do seu próprio destino.
Simmm!!! Ela é extremamente forte durante o livro, mesmo passando por tanta coisa, ela consegue brincar e sorrir, é um exemplo
Amo esses livros de superação, ainda mais quando o romance não é o foco. Tem tanto livro YA com uma fórmula feita de romance cliché que é difícil saber como selecionar o que ler. Esse me pareceu muito interessante, é sempre bom ver uma realidade muito diferente da nossa. A gente é tão dependente da visão, a superação e evolução dessas pessoas é incrível.
Os clichês já fizeram tanta parte da minha vida, e ainda fazem, mas amo quando pego um livro sem a história pronta, um dos meus favoritos também é três coisas sobre você, outro livro fofo demais, acho que você iria gostar ❤️
Eu sou apaixonada por enredos assim, que não somente tragam personagens fortes, que aprenderam e aprendem a conviver com suas limitações, mas que também trazem essa realidade em si.
As crises de pânico tem sido debatidas com maior frequência nos últimos tempos, síndrome que apareceu na modernidade,mas que ainda precisa sim, ser debatida e com essa pisada na realidade.
Parker é real e adorei isso da cegueira. Sei lá, identificação.rs
E de saber que o romance fica meio que em segundo plano!
Vai para a lista dos mais desejados!
Beijo
O foco dele não é o romance, mas sim as dificuldades dela, o romance acaba sendo “por tabela”, é um livro que definitivamente está entre um dos melhores que já li sobre o gênero, infelizmente não dei nota máxima por conta dos ataques que a Parker tinha e não foi tocado no assunto durante a leitura
Olá Amanda!
A forma com a qual a autora aborda a inclusão social funciona super bem por ser natural, sem um tom apelativo que encontramos em outros livros que tratam do assunto. Parece ser incrível acompanhar toda a superação de Parker, que consegue mostrar ao leitor que podemos sim seguir em frente, independente dos obstáculos que encontramos. Um outro ponto positivo da trama é a excelente caracterização dos personagens secundários, que são verdadeiros anjos na vida da protagonista. Realmente essa questão dos ataques de pânico merecia um melhor aprofundamento, porém isso não compromete a qualidade da escrita de Lindstrom.
Beijos.
Acredito que a Parker não ligava para o que pensavam sobre ela, e isso ajudou muito na hora de “fazer” parte da turma, ser incluída nas coisas, ela também sabia se impor muito, e tinham momentos que eu só queria gritar “ESSA É MINHA GAROTA”. A escrita de Lindstrom é muito boa mesmo, mas infelizmente a questão dos ataques comprometeu um pouco a história
Olá Amanda!
Eu sempre me emociono com livros assim, pois ver a superação dos personagens me faz refletir sobre a vida. Por ser um livro bem positivo, apesar do drama vivido pela protagonista, eu acho que todos deveriam lê-lo para ao menos sentir empatia pela dor alheia. Acho que o foco da história é mais nas amizades, mas com certeza a relação familiar deveria ser mais explorada.
Beijos
Acredito que o foco foi mostrar que mesmo com a dificuldade da protagonista, ela é um ser humano, assim como qualquer outro, ela só não podia ver, mas conseguia sentir, correr, andar, precisava apenas de uma ajuda a mais.
Sim, eu queria mais da relação dela com o pai, porque é algo tão falado mas também tão jogado sem informações diretas
Eu amo YA, não conhecia a obra mas já estou apaixonada por essa capa e por essa resenha, com certeza é um livro que irei amar fazer a leitura. um beijo.
espero que goste sim, é um livro muito bom ❤️
Olá! Além de uma baita história, o livro traz também uma bela lição de vida para aquelas pessoas mais pessimistas que vivem reclamando de tudo e muitas vezes não enxergam o quanto são privilegiadas. Fiquei bem curiosa com o enredo e quero muito conferir todo o livro e me encantar com esses personagens.
SIMMMM! E também as pessoas que tem tudo na mão mas não fazem nada, eu AMEI o livro, por jogar isso na face das pessoas. Muita gente tem tudo pra conquistar, mas por preguiça e falta de vontade não faz nada!
Espero que goste da leitura!
Olá! Parker me parece uma personagem maravilhosa, pois mesmo tendo perdido a mãe e sua visão, ela segue em frente, sendo forte e destimida. De fato a protagonista nos passa uma lição e tanto, pois nós muitas vezes desistimos muito fácil das coisas, e sem nem ao menos tentar, Parker é um exemplo a ser seguido! As amigas de Parker parecem ser maravilhosas e muito companheiras. Ainda não conhecia esse livro, mas agora que me informei sobre a história com certeza vou querer ler e conhecer Parker! Muito obrigada pela indicação! Beijos! ♡
A Parker é bem realista, ela não se deixa ser influenciada pelas outras pessoas, e nem se sente atingida quando alguém tenta rir de sua deficiência, ela é uma garota incrível. Espero que goste da leitura
Oi, Amanda!!
Parece ser um livro com uma história bem interessante e acima de tudo muito comovente pois sempre é bom ter aquele ombro amigo que está com você em todos os momentos, e sem dúvida a Parker merece ter um forte laço de amizade com a Molly, Faith, Sheila e a Sarah. Fiquei bem curiosa com essa indicação maravilhosa!
Bjs
As meninas tem muitos altos e baixos durante o livro, mas é lindo de ver como se apoiam e não ligam de “perder” algo por conta uma da outra.
Oi, Amanda
Não é tão comum ter livros com personagens sem visão.
Mas gostei muito de Parker ela é determinada, forte que mesmo passando pela perda da mãe, visão ela consegue ter fibra e vontade de viver.
O livro nos trás uma linda mensagem e um belo tapa na cara. Que muitas vezes temos tudo e reclamamos, nunca estamos contente com o temos.
A capa é linda, espero ter chance de ler.
Beijos