Quando comecei a ler conectadas, senti uma pequena nostalgia da minha época de Orkut; quem nunca teve aqueles fakes e conversava com as pessoas como se fossem outras, né? Enfim, a história de CONECTADAS é quase isso: Raissa é uma gamer e sofre muito dentro dos jogos por ser mulher; os rapazes não a respeitam ou acham que ela não sabe jogar nada. Por fim, ela decide criar um novo perfil dentro do jogo baseado em seu amigo Léo. Então, Raissa conhece a nossa pequena Ayla.
Ayla tem diversos problemas familiares, incluindo um irmão desconhecido, uma mãe que a trata como um robô, e um pai com quem ela não conversa. Ayla começa a jogar em busca de um escape e acaba conhecendo Leo (Raissa no jogo).
A história é muito fofa! Sério, gente, eu acreditava que iria ser mais um livro com um relacionamento construído em cima de um casal sem química, mas os pequenos detalhes que a autora coloca, deixa tudo mais instigante, desde ver um filme por telefone, até um envio de livro de presente. Eu simplesmente amei essa interação, mas nem tudo são rosas, e mentira tem perna curta, certo?
Não vou dar spoiler das melhores partes do livro porque né, vocês precisam sentir, mas é um livro que você lê rapidinho, sem enrolação, sem complicação, pá pum.
A diagramação do livro está maravilhosa, com diversos detalhes, só era um pouquinho confuso no final dos capítulos com as conversas entre as meninas, porque estava falando de um assunto e no final ia pra outro, mas nada difícil (talvez só eu seja lerda mesmo).
Senti um pouco de falta de construção do passado das meninas, o que sabemos sobre o relacionamento delas é o que elas descrevem, mais os finais de capítulos. Acredito que a autora deva investir na história do Léo, porque ele se tornou um dos melhores personagens, e eu fiquei com gostinho de quero mais. A descoberta da sexualidade dos personagens também é essencial na história.
Claro que devemos falar sobre a conexão da Raissa com os pais, é lindo demais como eles são unidos durante a leitura, sempre se dedicando uns aos outros. As amizades que são construídas durante o livro também são incríveis, existe uma confiança bem grande entre Ayla e suas amigas, assim com Raissa e seus amigos. Apenas senti falta do momento de Ayla conversando com seus pais, acho que a autora focou tanto na Raí, que acabou deixando ela um pouco de lado.
CONECTADAS é um YA LGBT que traz a história de duas garotas que buscam sair de sua rotina e poder ser quem são sem se preocuparem com as outras pessoas.
AVALIAÇÃO:
AUTORA: Clara ALVES
EDITORA: Seguinte
PUBLICAÇÃO: 2019
PÁGINAS: 320
COMPRAR: Amazon
Tão legal ver um YA nacional falar de assuntos tão relevantes de maneira fluida, com toques de humor. A descoberta do Amor, da sexualidade, de como ser uma gamer girl, machismo.
Conectadas tem mesmo a vibe de ser aqueles livros que é impossível largar até terminar. Aquele em que nos sentimos amigas das protagonistas.
Bom oi amanda
Achei esse livro bem interessante pois hoje até nos dias atuais nos mulheres sofremos preconceitos até nos jogos online e gostei muito da autora por expor esse fato enfim achei as duas personagens muito fofas e super representando a comunidade LGBTQ. Espero algum dia poder ler este livro pois gostei muito do tema que abordaram e achei super interessante.
Amanda!
Deveria mesmo ter uma voz no passado, né?
Bom ver que as personagens tem um certo entrosamento e que o leitor consegue se conectar ao ponto de sentir a mesma angústia que elas sentiram.
Pelo jeito o livro é bem informativo em relação aos termos sobre sexualidade e embora não ache que a forma de contato que a protagonista encontrou para se comunicar com a ‘amiga’ seja a melhor forma, acredito que seja um livro de amadurecimento.
cheirinhos
Rudy
Que coisa mais fofa! Por que ninguém nunca teve essa ideia antes?? Já quero ler!
Infelizmente o fato de as mulheres terem que criar personagens masculinos para jogarem em paz é algo rotineiro… A falta de respeito com o sexo feminino nesse nicho é algo extremamente nojento. Mulheres hétero, bis, lésbicas e etc, todas elas sofrem na mão de jogadores repugnantes que se escondem atrás de personagens para terem “coragem” de explanarem as nojeiras que pensam diariamente.
Ando lendo muito sobre este lançamento e fico feliz demais com tudo isso. Nossa literatura nacional merece aplausos diários por conteúdo e por isso, trazer novos autores o tempo todo e oh, não autores quaisquer não, autores de qualidade.
Um livro juvenil, que apresenta um tema bem pesado e sim, dolorido por vezes. Pelo que entendi, uma das meninas precisa se passar por menino só para conseguir o respeito neste universo ainda sim, masculino. Mas como mandar no coração??
A mentira pode sustentar um relacionamento??
Quero demais saber como esta história de amor e sim, de vencer preconceitos termina!
Beijo
Ai, que fofinho!
Acho que eu ainda não tinha visto nada sobre esse livro. Mas gostei do enredo. Parece mesmo um livro leve e divertido para ser lido bem rapidamente. Quero só ver como a Raissa vai se livrar dessa mentira. Fiquei curiosa. E também estou curiosa para conhecer a escrita da autora.
Na vdd não gosto muito de YA, mas admiro bastante e incentivo a criação de livros nacionais (aliás o nosso cenário atual dos livos está bem tenso), mas precisamos de autores e leitores dedicados e espero que a crescente pelos livos LGBT só cresçam!, Concordo com vc, mentira tem perna curta! Tb sinto saudades da época do Orkut (kkkkk), não conhecia a autora, mas pela leitura da resenha parece ter muita habilidade no que faz! Não gosto de personagens rasos, tem que me falar alguns detalhes sobre sua história, mas talvez ela faça isso em um futuro livro! Bjs!!
Olá! Muito bacana que histórias assim estão ganhando mais espaço no mundo literário. Ainda não tive contato com a escrita da autora, mas fiquei bem curiosa e já vou indicar o livro para os alunos aqui da escola na qual trabalho, acho que eles irão se identificar e muito com nossas protagonistas.
Olá Amanda!
Gosto da forma como a autora trabalha a descoberta sexual no livro, pois em muitas obras tal tema acaba sendo abordado com uma apelação para o lado “problemático” e não vemos uma real evolução do protagonista. Fugindo dessa fórmula genérica, Alves entrega ao leitor uma história fofa mas que consegue se aprofundar nos aspectos adequados. E essa previsibilidade da descoberta acerca da verdadeira identidade funciona para que o ritmo de leitura fique acelerado, afinal o leitor sabe que isso vai movimentar a trama, e não vê a hora de conferir.
Beijos.
Olá!
Eu já tinha noção sobre esse livro, eu meia que fiquei bastante interessada por ela. A historia que a autora criou parece ser incrível, alias faz realmente ter aquela nostalgia do orkut né. Espero eu ler logo!
Meu blog:
Tempos Literários
Parece ser bom, já tinha lido outras resenhas dele.
Oi, Amanda
É tão bom ver a literatura nacional crescer e expandindo com vários gêneros.
Conectadas aborda temas importantes como sexualidade, machismo, preconceito, relações familiares .
Pela resenha a autora construiu uma trama maravilhosa e sensível.
Quero muito ler, beijos.