Em 1 de maio de 1945, o exército vermelho consegue chegar até o bunker onde Adolf Hitler se esconde com sua esposa e algumas pessoas de confiança. A situação é clara: o ditador está morto. Ele se suicidou e, em seguida, seu corpo foi queimado, juntamente com o de Eva Braun.

Mas será que foi isso mesmo o que aconteceu? Será que os soviéticos escondem algum segredo? Ele morreu por envenenamento ou com um tiro na cabeça? Será que ele realmente morreu ou fugiu para a Argentina?

A MORTE DE HITLER foi escrito pelos jornalistas Jean-Christophe Brisard e Lana Pashina. Trata-se de um relato sobre os últimos dias de Hitler no bunker, baseado em arquivos soviéticos, nunca divulgados, e investigações forenses.

O livro é contado intercalando os fatos mais atuais, e como os jornalistas conseguiram chegar até esses arquivos secretos depois de meses de negociações, e os fatos mais antigos, literalmente os últimos dias de Hitler. Acompanhamos todos os passos dos jornalistas em busca de tais arquivos, junto às autoridades russas, e compartilhamos das surpresas reveladas.

O material inclui a planta do bunker, relatos de testemunhas oculares e o principal: um pedaço de crânio com marcas de bala e um fragmento de sua mandíbula.

O crânio de Hitler. Um fragmento ósseo guardado dentro de um porta – disquetes dos anos 1990. Que ironia para aquele que queria dominar uma parte da Europa e sujeitar milhões de seres humanos. Hitler, que temia acabar numa vitrine de Moscou, exibido pelo inimigo russo como um simples troféu. Não teve direito nem às honras de uma apresentação digna de sua importância para a história contemporânea: a da encarnação do mal absoluto

O livro traz as fotos dos documentos e também da arcada dentária e do pedaço do suposto crânio de Adolf Hitler. Além de trechos do testamento, onde o ditador nazista põe a culpa da guerra nos Judeus.

Pela primeira vez na história, esses elementos irão ser analisados em laboratório por equipamentos de ponta. Até mesmo fragmentos microscópicos de tártaro dos dentes será crucial na identificação, sendo assim revelada a verdade.

O livro pode se tornar cansativo para quem não está acostumado com esse tipo de escrita, que foge da tão comum narrativa em prosa, porém, na maioria dos capítulos, os autores encaixam o quebra-cabeça, narrando, assim, os acontecimentos que antecedem o fim da Guerra e a queda do terceiro Reich.

Foi um presente e tanto que a Companhia das Letras deu aos seus leitores viciados em história, publicar esse livro aqui no Brasil, por trazer todos os detalhes, dando ênfase às conspirações e aos vários lados da história.

ONZE CURIOSIDADES SOBRE HITLER

UM: O corpo de Eva não tinha ferimentos físicos visíveis e ela própria havia dito anteriormente para Linge que desejava ser envenenada;

DOIS: A meia noite do dia 29 de abril, Hitler oficializou a união com Eva Braun. Após a cerimônia simples e breve, ele teria ditado o seu testamento para uma secretária e se dirigido ao quarto com sua recente esposa;

TRÊS: Não existem evidências concretas que comprovem os rumores de que Hitler tinha descendência judia. No entanto, análises de DNA feitos a partir de familiares do Führer apontaram a presença de elementos comuns entre judeus e africanos em seu genoma;

QUATRO: O Führer desenvolveu uma obsessão por Geli Raubal, sua sobrinha adolescente, e dizem que ela foi o verdadeiro amor de sua vida. A jovem viveu com Hitler por algum tempo — e era mantida praticamente como prisioneira pelo tio. Geli teria tirado a própria vida aos 17 anos de idade com uma arma do Führer depois de os dois brigarem feio quando ela comunicou que pretendia se mudar para a Áustria. Geli foi encontrada morta no apartamento de Hitler com ferimentos à bala nos pulmões no dia seguinte à discussão e seu falecimento é tratado como muito suspeito pelos historiadores.

CINCO: Os registros médicos de Hitler apontam que ele tinha apenas um testículo. Eles também indicam que o Führer padecia de diversos problemas gastrointestinais e peidava descontroladamente. Ademais, sabe-se que Hitler era usuário habitual de cocaína;

SEIS: Depois de sofrer uma tentativa de assassinato por meio de comida envenenada, Hitler passou a manter um time de 15 jovens que tinham que provar todas suas refeições antes que elas fossem servidas ao Führer;

SETE: Hitler teve um sobrinho chamado William Patrick Hitler que fugiu para os EUA, se alistou ao exército norte-americano e lutou contra o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial;

OITO: O Führer costumava praticar seus eloquentes discursos tirando fotos dele mesmo em várias poses diferentes;

NOVE: Hitler começou a coletar artefatos judeus com o propósito de colocá-los em exposição em um museu após a guerra, uma vez que ele acreditava que essa se tornaria uma “raça” extinta depois do final do conflito;

DEZ: Um padre o teria salvado de se afogar em um lago congelado quando Hitler ainda era criança;

ONZE: Os historiadores observam que o regime de Hitler é particularmente arrepiante porque revela como uma sociedade moderna, avançada e culta pode rapidamente se transformar em uma barbaridade e genocídio. De maneira geral, a ditadura de Hitler revela o que somos capazes de fazer.


AVALIAÇÃO:


AUTORES: Jean-Christophe BRISARD e Lana PASHINA
TRADUÇÃO: Júlia da Rosa SIMÕES
EDITORA: Companhia das Letras
PUBLICAÇÃO: 2018
PÁGINAS: 351


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