Apesar de ser a biografia fictícia de uma banda de rock dos anos 70, a narrativa envolvente e a forma como a história de DAISY JONES AND THE SIX foi contada me fez esquecer esse detalhe várias vezes.
O livro é escrito em formato de entrevistas e relatos de cada um dos integrantes anos depois do fim de uma das maiores bandas de rock dos anos 70. A ideia do entrevistador é entender o que aconteceu naquela época, a trajetória dos integrantes, os altos e baixos, e conflitos através dos anos.
Já que estamos falando sobre o cenário musical dos anos 70, existe um grande foco em como os personagens acabaram se envolvendo com drogas, álcool e sexo. Mas também existe muita lição sobre como tudo isso pode piorar as situações. Daisy e Billy relatam como foi difícil sair desse mundo e como acabaram se afastando das pessoas que se importavam com eles.
Algo que me agradou muito foram os personagens, todos são muito reais, imperfeitos, cheios de problemas, conflitos, medos e desejos. Foi interessante ver como foi a vida deles durante a carreira, a relação deles com a família, amigos, com os produtores… Além é claro, dos romances, das turnês, as gravações dos CD’s, até a separação da banda.
Como é narrado em forma de entrevista, temos a opinião e as lembranças de cada integrante sobre os acontecimentos, o que pode acabar sendo um pouco maçante. Outro problema é que a entrevista teria acontecido anos após a separação do grupo, mas as lembranças dos personagens são extremamente vividas, como se tudo tivesse acontecido no dia anterior (não é exatamente um ponto negativo, mas também não é muito real, não é mesmo?).
Ao terminar a leitura, a gente fica com aquele gostinho de quero mais, inclusive tudo o que eu queria ao fechar o livro era ouvir aos CD’s da banda, que para minha tristeza não existe. No entanto, no final do livro, a autora nos presenteou com a letra de todas as musicas do disco!
A partir das entrevistas, descobrimos que Daisy Jones começou sozinha, enquanto os irmãos Dunne (Bill e Graham) e Eddie, Karen, Warren e Pete, eram o “The six”. Os sete se conhecem e o cenário musical acaba transformando Daisy Jones e os The Six em uma única banda que se tornou o maior fenômeno dos anos 70. No entanto, eles precisavam conciliar os egos de astros, sabemos que nem tudo era fácil, principalmente por Billy e Daisy serem muito diferentes.
No meio da montanha russa de coisas que acontecem no livro temos personagens femininas forte, que lutam por seus sonhos. Camila e Karen são exemplo disso, apesar de seus sonhos serem completamente diferentes: uma queria focar na carreira e a outra sonhava em ter uma família. Achei importante mostrar os dois lados da ambição e gostei da forma como foi isso foi colocado na história.
A história me prendeu, os personagens são cativantes e muito reais e é fácil esquecer que essa é uma banda fictícia, uma vez que o livro é rico em detalhes e nos faz imaginar como teria sido a trajetória deles naquela época.
AVALIAÇAO:
AUTORA: Taylor Jenkins REID é autora de One True Lovers, After I Do, Forever, Interrupted e Os Sete Maridos de Evelyn Hugo. Seus romances foram indicados como melhores livros de verão pela People, pela Cosmopolitan, pela Glamour, pelo Buzzfeed, pelo Goodreads e outros veículos. Ela mora em Los Angeles com o marido, a filha e o cachorro.
TRADUÇAO: Alexandre BOIDE
EDITORA: Paralela
PUBLICAÇAO: 2019
PÁGINAS: 360
COMPRAR: Amazon
Acho que nunca li um livro narrado como se fosse uma entrevista. Achei interessante. É também interssante que a “entrevista” ouviu cada um dos integrantes da banda. Assim cada ponto de vista pode ser analisado. O pêndulo não virá para um só lado.
Anos 70 foi um ano interessante no cenário musical, especialmente no Rock and roll
Acho que eu seria fã da banda Daisy Jones e The Six.
Isso é uma ideia 100% original, ne? Nunca vi um livro narrado – totalmente – como forma de entrevista. Só fui descobrir que é uma banda ficticia nessa resenha. Eu vi resenhas por meio de vídeos, me desinteressava e saía.
A capa tá espetacular, Paralela arrasou!
Estava lendo sobre este livro estes dias e não acreditei que era possível criar algo tão real, mesmo sendo assim, mera invenção. Ainda mais trazendo uma banda nos melhores anos da música mundial.
Mas pelo que li, foi!!! E muito. E isso é maravilhoso. Numa época onde o cinema tem trazido Freddie, Elton(e espero que muito mais ídolos da música) apresentar um livro com uma banda, seus problemas, defeitos, dificuldades e qualidades neste cenário é incrível.
Com certeza, quero demais poder conferir sobre a banda!
Beijo
Olá Natália!
Não podemos dizer que a autora não tem uma mente criativa, né? O tipo de escrita somada à impecável descrição dos bastidores dessa banda fictícia tornam a leitura extremamente rica, de modo que o leitor se vê prendido nos acontecimentos. E no final, já nos tornamos verdadeiros fãs, ainda que frustrados por não poder aclamar esses astros na vida real hahaha.
Beijos.
Olá Natália!
O termo biografia fictícia é no mínimo inusitado, e faz com que fiquemos com o pé atrás e sempre duvidando dos acontecimentos. Nunca li nenhum livro no formato de entrevista, e só posso imaginar a experiência. A rotina de uma banda, ainda mais uma tão grande pode ser bem atribulada e com certeza as relações entre os integrantes muitas vezes não e amistosa.
Beijos
Olá! Não dá para negar que o enredo do livro é extremamente criativo, um documentário de banda que (infelizmente) não existe, tenho certeza que acompanhar os altos e baixos dessa banda será incrível, é uma pena que a autora não tenha disponibilizado uma playlist para que pudéssemos acompanhar durante a leitura.
Olá 😉
Tenho uma amiga que leu o livro e simplesmente amou, e já me indicou demais!
É bem clichê esse negócio de “sexo, drogas e álcool” quando se fala de bandas de rock né, mas pelo visto a autora soube trabalhar bem as temáticas abordadas.
Amei que tem essas personagens femininas bem girl power, e isso é um super ponto positivo para mim!
Incrível esse poder da autora de fazer o leitor sentir como se a banda existisse mesmo, agora tenho que correr pra ler o livro *-*
A ideia deste livro me cativou imensamente, vai entrar pra minha “listona” de desejados, amo histórias que se passam nas décadas de 60 a 80, parece que de alguma forma eu vivi nessa época, amo as músicas, histórias, livros, etc.
O fato do livro trazer personagens femininas com personalidades únicas e fortes me ganhou mais ainda, amo ver mulheres conquistando seus merecidos espaços. Vou correr para comprar o livro e lê-lo ao som da minha playlist de happy times.
A ideia parece ser muito boa, uma banda fictícia parecendo bem real e um livro em forma de entrevista já gostei.
Sinceramente não sei se eu iria gostar de um livro narrado como entrevista, seria uma experiência bem diferente. Talvez se a història fosse sobre outro assunto, me interessaria mais, mas dessa forma não chamou muito a minha atenção.
Achei tão interessante esse livro!
Pra quem adora rock antigo como eu deve ser um prato cheio, mesmo sendo uma história ficcional.
Acho que mergulhar no mundo de uma banda deve ser super animado e gostoso.
Assim que der vou comprar o meu!
bjs
Oi, Natália
Se a banda fosse de verdade tenho certeza que faria sucesso.
A capa é bem interessante e lembra muito o início dos anos 80.
Gostei muito da premissa com entrevistas contando toda aquela loucura que só quem acompanha seus ídolos sabe que acontece.
Vi em outro blog que o livro vai virar série com a atriz Reese Witherspoon.
Quero ter oportunidade para ler, e agora terá uma série que legal, beijos!
Oi, Natália!!
Gostei muito da resenha e fiquei bem curiosa para saber mais sobre esse livro, pois adorei a ideia da autora de trazer uma história com uma biografia de banda de rock dos anos 70 mesmo que seja fictícia.
Bjs
Bem Legal!! Achei muito bom esse ponto em que o leitor acaba esquecendo que a banda em questão não existe e também acabou mergulhando nesse universo musical cheio de acontecimentos.
O ruim de ler livros assim, é que o leitor acaba como você: querendo escutar as músicas da banda ao final da leitura, mas infelizmente essas músicas não existem rsrs
É uma ótima dica de leitura para quem curte esse estilo de história.