Em AMOR(ES) VERDADEIRO(S), Emma Blair casou com seu namorado do colegial, Jesse, quando tinha vinte anos. Juntos, eles construíram uma vida diferente das expectativas de seus pais e das pessoas de sua cidade natal, Massachusetts. Sem perder nenhuma oportunidade de viver novas aventuras, eles viajam o mundo todo, curtindo a vida ao máximo. Mas, em vez do tradicional “e viveram felizes para sempre“, uma tragédia separa os dois, no dia do seu aniversário de um ano de casamento. O helicóptero com o qual Jesse sobrevoava o Pacífico desaparece e, simples assim, o amor da vida de Emma se vai para sempre.

Emma volta para sua cidade natal em uma tentativa de reconstruir a vida e, depois de anos de luto, reencontra um velho amigo, Sam, que lhe mostra ser, sim, possível se apaixonar novamente. E quando os dois ficam noivos? Emma sente que a vida lhe deu uma segunda chance de ser feliz. Pelo menos é o que parece — até que Jesse é encontrado. Ele está vivo e tentou voltar para casa, para Emma, todos esses anos que passou desaparecido. Agora, com um marido e um noivo, Emma precisa descobrir quem ela é e o que quer, enquanto tenta proteger todos que ama Emma sabe que precisa escutar seu coração, ela só não tem certeza se sabe o que ele está querendo dizer.

Quando uma sinopse sobre uma mulher que perdeu seu marido, caiu em luto, e conseguiu recomeçar com outra pessoa a sua vida, então tem tudo virado de cabeça para baixo quando descobre que o morto voltou aparece, não dá para deixar passar.

Emma Blair, filha dos donos da livraria Blair, nascida e criada na cidade pacata de Acton na Nova Inglaterra, descobre pela primeira vez como é ter um crush ao ver Jesse Lerner saindo de uma competição de natação. Jesse é incrível, tem um corpo de nadador incansável na juventude, porém é inalcançável a Emma que é só uma caloura no ensino médio.

O livro não trouxe aquela paixão maluca de olhar a pessoa e falar: “uau, é isso que eu quero pelo resto da minha vida”; até porque ela só tinha 14 anos quando conheceu o(s) cara(s) que seria(m) seu(s) marido(s).

Enquanto sua juventude, Emma trabalha na livraria dos pais (que aliás, ela odeia porque Marie, sua irmã, é subgerente, e ela não lê, amados???), onde conhece Sam, um musicista, fofo, e muito engraçado que sempre sabe o que dizer a ela.

Acredito que a Emma tinha um rancor guardado da irmã, que aos olhos dela era porque a irmã era a queridinha dos pais, mas na verdade, vejo esse sentimento infundado, Emma só era a filha mais nova com ciúme da irmã mais velha por ela ser “popular” assim dizendo.

Dou graças a Deus que Emma mude tanto durante a leitura, ela deixa de ser uma mulher que vive de um lado para outro com o marido, sempre indo atrás de “aventuras”. Acredito que era por ela querer se afastar das suas raízes, ela não queria ser a filha dos donos da livraria, ela queria ser Emma, a mulher que viajou, conheceu o mundo, e nunca ficava parada.

Muitas das atitudes que ela tem no livro, não sei se eu teria as mesmas, principalmente sobre o chalé, ela disse tanto que amava Sam, mas ao meu ver, o que ela fez foi uma traição a esse amor por ele, porém é uma situação impensável, você perder uma pessoa por anos e depois de estabelecer uma nova vida, essa pessoa retorna e você tem que ver se ainda existe uma conexão entre vocês, sendo que seu casamento marcado com outro está logo ali.

AMOR(ES) VERDADEIRO(S) é um livro que você para e pensa na situação, tenta imaginar o que você faria, fica brava com a personagem por tomar decisões absurdas mas ao mesmo tempo tenta entender as atitudes dela pelo todo. É complicado demais.

Pessoal, esse não é um livro de romance, eu digo isso com todas as palavras em negrito e sublinhadas, e acrescente alguns pontos de exclamação. O livro não traz a paixão, existem momentos fofos? Existem, é claro, mas não é algo que você vê acontecendo. A personagem está conhecendo fulano aqui, mas ali ela já está 4 anos mais velha e casada!

Enfim, é como eu disse, um livro para se pensar e ver se mesmo estando no meio de fogo cruzado, você conseguiria tomar uma decisão como Emma.


AUTOR: Taylor Jenkins REID
TRADUÇÃO: Alexandre BOIDE
EDITORA: Paralela
PUBLICAÇÃO: 2020
PÁGINAS: 353


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