Finalmente, depois de anos sofridos, os crepusculetes puderam desfrutar dos refrescos. SOL DA MEIA-NOITE, livro que conta a história de CREPÚSCULO a partir do ponto de vista do vampiro Edward Cullen, foi lançado este ano e dividiu opiniões (até mesmo dentro do próprio fandom). Alguns adoraram conhecer a enigmática mente do imortal, enquanto outros ficaram entediados com as suas divagações intermináveis. Então, a fim de esclarecer algumas dúvidas, vamos de comparação entre as duas edições para que você, leitor, possa tirar as suas próprias conclusões. Mas atenção, o post conterá spoilers do primeiro volume da saga.

POR QUE ESSA DIFERENÇA TÃO GRANDE ENTRE O NÚMERO DE PÁGINAS?
Este livro causou burburinho já no anúncio de seu lançamento. Enquanto CREPÚSCULO possui suas meras 416 páginas, SOL DA MEIA-NOITE assustou com todas as 736 páginas. Isso se dá, principalmente, por três fatores, sendo um deles que Edward é um senhor que pensa demais, divaga demais (e dialoga de menos). A verdade é que não são apenas os movimentos dos imortais que são mais ágeis, seus pensamentos também ocorrem de forma acelerada. Em diversos momentos, temos essa confirmação: enquanto Bella piscava, Edward já havia feito um circuito pensando sobre o significado desse gesto. Além disso, o acréscimo de alguns capítulos que narram cenas vivenciadas apenas por Edward e um pouco da história da família Cullen também contribuíram pra esse aumento de páginas.

O CARRO QUE QUASE ATROPELOU BELLA NÃO FOI SUA MAIOR EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE
Sabemos que o cheiro da humana foi uma tentação e tanto para Edward. O vampiro age de modo estranho quando a garota entra na aula de Biologia, foge apressado quando o sinal toca, tenta trocar de professor pra que não tenha que conviver com Bella e some da escola por uma semana após esse dia. O que a gente não sabia era que desde o primeiro segundo, Edward planejava matar a garota. Durante toda a aula, o imortal traça planos e cogita inúmera hipóteses para beber o sangue de Bella e sair ileso da situação. Matar todos os presentes na sala também era uma opção. Ele só não seguiu em frente porque o código de ética de sua família e a lei dos Volturi que proíbe a exposição vampírica falaram mais alto.

A PRÓPRIA BELLA PARECE BEM MAIS INTERESSANETE
Antes do futuro casal se encontrar na mesma aula, Edward vasculha a mente de pessoas próximas a Bella – porque é assim que o vampiro lida com a impossibilidade de ler a mente dela – e conclui que a garota não tem nada demais, ela é apenas mais uma humana bonitinha para os padrões do ensino médio. Entretanto, à medida que Edward se deixa levar pelo seu fascínio, e vamos conhecendo Bella através de sua perspectiva, vemos uma garota totalmente diferente: brincalhona, sarcástica, amante dos livros, possuidora de um gosto musical eclético, altruísta, responsável, zelosa e extremamente corajosa. Desse jeito até eu me apaixono.

FINALMENTE CONHECEMOS O PASSADO DA FAMÍLIA CULLEN
Eu diria que esse foi um dos melhores momentos do livro. Em CREPÚSCULO conhecemos o passado de Rosalie e Jasper, mas não temos nem uma vaga noção de como os outros membros dessa família se transformaram em vampiros. Já aqui, em SOL DA MEIA-NOITE, temos os detalhes de cada transformação e ainda um pequeno enigma que envolve um dos Cullen.

ENTENDEMOS A ORIGEM DOS “SUPER-PODERES” E COMO FUNCIONAM
A dúvida que mais me corroía em toda a saga Crepúsculo era a origem das habilidades especiais dos vampiros. Nesse novo livro, nós sabemos como esse “poder” é gerado e aprendemos, inclusive, a prever a habilidade especial de qualquer pessoa. Os poderes de Alice e Edward, amplamente explorados em CREPÚSCULO , são explicados nos mínimos detalhes. Vemos como a coisa funciona no dia-a-dia e levantamos um questionamento importante: afinal, isso é uma dádiva ou uma maldição?

HAJA PACIÊNCIA PARA OS CAPÍTULOS QUILOMÉTRICOS
Além de vermos o casal se apaixonando de uma nova perspectiva, temos uma chuva de novas informações em capítulos extras e diversas páginas novas que são inseridas incansavelmente pra que entendamos todo o panorama. Como consequência desse bombardeio informativo, temos capítulos que possuem cerca de 40 páginas. Embora seja fã de toda a saga e tenha amado esse novo volume, passei nervoso quando me deparei com isso. Fala sério, não dava pra inserir algumas interrupções de texto? Precisava mesmo fazer um capítulo em leitura corrida que parecia não acabar nunca? Esse aspecto fez com que eu demorasse um pouco além do esperado para concluir a leitura, sentia preguiça só de pensar em enfrentar 40 páginas sem um minuto de descanso.

Vale ressaltar que essa é uma leitura voltada para fãs e deve ser feita, preferencialmente, após toda a saga. Pense em SOL DA MEIA-NOITE como um volume extra: não teremos a solução de problemas e nem a invenção da roda, o livro está aqui apenas para recontar a história e agregar informação à trama original. E eu, como uma crepusculete raiz, adorei cada palavra. E se você ainda não leu a resenha do livro, pode ler aqui.

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