Após o surgimento do véu, uma nuvem de origem desconhecida que mata ou transforma quem a respirava em horríveis monstros disformes chamados de sombras, as pessoas passam a viver no alto de arranha-céus, longe da nuvem, mas limitados aos recursos que sobraram. Mas a névoa também modificou quem fugiu dela. Alguns dos que nasceram depois, ganharam habilidades e poderes, como aumento da agilidade, ou velocidade, ou força, ou premonição, ou até mesmo a possibilidade de teleporte.
Beca é uma dessas pessoas. Ela tem sua habilidade aumentada e trabalha com Lion e Edu, seu pai e seu irmão adotivos, em missões de procura e recuperação de itens perdidos nos andares próximos à névoa a pedido de clientes, que pagam por essas missões.
Lion consegue os clientes; Edu é o especialista em auxiliar no planejamento das missões e guiar Beca dentro do labirinto de prédios abandonados; e Beca cria toda a ação, escapando de cães transformados pela névoa, pássaros assassinos, os sombras e agentes concorrentes.
Outras missões são em proveito próprio, quando Rato, um informante amigo, ou não, de Beca, encontra algum item valioso que pode ser vendido ou trocado por mantimentos à Torre, o edifício mais alto e que abriga a facção mais poderosa após a queda dos governos.
Em uma dessas missões, algo dá errado e Edu cai dentro da névoa. Rato descobre que ele pode estar vivo, e assim Beca e Lion cobram todos os favores à torre e a outros grupos para criarem uma equipe de resgate, que terá de entrar na névoa e enfrentar seus horrores para resgatar Edu. Mas nada é o que parece. Inclusive acima do véu.
Roberta Spindler criou uma distopia fascinante, que não fica em nada, nada mesmo, a dever às trazidas do exterior pelas grandes editoras brasileiras. A ação ininterrupta se assemelha bastante a MAZE RUNNER, inclusive a narrativa mais fria e direta. Entretanto, Spindler consegue descrever toda a ação e seus envolvidos de forma mais clara e visual do que o livro de James Dashner. Curioso é que Spindler também cria um romance que não convence, exatamente como o de MAZE RUNNER, devido à sua narrativa mecânica. Mas isso não compromete a leitura e a apreciação da obra.
O resultado de A TORRE ACIMA DO VÉU me surpreendeu bastante. Vou ser sincero: nunca havia lido nenhum livro nacional com tanta ação, e tão bem narrada. Spindler prende a leitura, cria detalhes muito interessantes para explicar a forma caótica a que as pessoas foram obrigadas a viver após a névoa, convence na composição de cada personagem, que são em número exato para explicar a história e cativar o leitor.
Por isso mesmo, fico decepcionado por um livro de tanta qualidade ser praticamente desconhecido. Não sei dizer se o motivo é uma falta de marketing por parte da Giz Editorial, ou se é apenas preconceito quanto a livros de ação nacionais. A perda é única do leitor, que deixa de ler um dos melhores livros de distopias nas livrarias.
Ah, aproveita e mude essa situação, a edição está com um preço incrível na Amazon, basta clicar no link abaixo 😉
AUTORA: Roberta SPINDLER
EDITORA: Giz
PUBLICAÇÃO: 2015
PÁGINAS: 288
COMPRAR: Amazon
Você tem razão sobre o livro ser desconhecido, não sabia nada, foi uma surpresa, e mais ainda por já ter 5 anos aí no mercado.
Parece ser bem interessante, do jeito que você descreve o enredo dessa distopia, eu que não sou fã achei incrível, tanto as habilidades adquiridas depois do véu como também as missões que eles enfrentam, sendo essa de resgatar Edu.
Não imaginei que era nacional até você dizer, será preconceito ou ignorância mesmo?
É impressionante que ainda exista sim, o preconceito contra nossa literatura e olha aí a prova de que não ficamos devendo nada a literatura estrangeira de jeito nenhum.
Ainda não conhecia o livro e olha que amo distopias e já fiquei encantada com o cenário e as habilidades dos jovens!
Vou lá visitar a Amazon.rs
Beijo
Uauuu! Eu que leio pouca distopia fiquei empolgada com essa trama tão ágil e instigante.
Realmente é a primeira vez que vejo sobre o livro e sobre a autora.
Carl!
Há um tempo atrás ouvi o burburinho sobre esse livro, mas não prestei muita atenção.
Bom ver uma distopia bem escrita e ainda com personagens diferentes em suas representações, mesmo que o romance não seja lá grandes coisas.
Temos de divulgar mais.
cheirinhos
Rudy
Olá! Caramba, agora fiquei para lá de surpresa em conhecer esse livro, de um dos gêneros que eu curto bastante, mas que até então nunca tinha ouvido falar, definitivamente nó leitores estamos perdendo e muito. E fiquei imensamente feliz (ok, surpresa também), por se tratar de uma autora nacional (nada contra), pelo contrário, sou daquelas que busco sempre prestigiar o trabalho dos nossos, então chegou a hora de correr atrás do prejuízo e com esse precinho nem vou sofrer tanto (risos).
Nacional?! Não sabia, aliás, pouco tinha visto desse livro.
Fiquei curiosa porque tem muita ação e como não me recordo de nenhum nacional com tanta ação, que ao mesmo tempo seja bem escrito e instigante como você mesmo colocou. Espero que a editora divulgue mais esse livro para que muita gente possa conhecê-lo. Mesmo sendo uma distopia (não sou tão fã do gênero) quero dar uma chance por causa da ação de um nacional rsrs.
Olá!
Umm, fiquei uma tanto curiosa. E bem um livro que trás aquele suspense de terror. Talvez eu leia em algum momento mas não sei quando.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi, Carl
Não conhecia o e nem a autora, realmente estamos perdendo muito por não saber da existência desse livro.
Se não tivesse mencionado que era nacional só ia saber ao fim da resenha, uma pena ter cinco anos e não ter divulgação que merece.
Uma distopia genial, fiquei surpresa com as habilidades e a maneira como Beca e sua família trabalham.
Beijos