Zália é a segunda filha do rei Galdino, e apesar de está diretamente ligada a família real, ela vive uma vida quase que normal, estudando em um colégio interno. Contudo, isso está prestes a mudar, quando o seu irmão e também herdeiro do trono é morto em um atentado político. Agora, cabe a Zália o dever de assumir o posto de regente e fazer o melhor pelo país.

Quanto mais se envolve na política do país, mais Zália percebe a carência do seu povo por uma saída. Zália começa a questionar a forma de governo do seu pai e a sua real culpa em relação às atitudes da resistência. Ela terá que escolher entre fazer o que é melhor pelo seu povo, independente das consequências, ou apoiar o seu pai, que demostra cada vez mais o seu verdadeiro caráter.

O REINO DE ZÁLIA foi o meu primeiro contato com a escrita da autora nacional Luly Trigo e apesar de o livro ter uma proposta muito boa, senti que a obra deixou muito a desejar. Zália é uma menina de 17 anos que teve que assumir um papel que nunca deveria ter sido seu, ela não estava preparada para o que viria a seguir, após o falecimento do seu irmão, e isso é óbvio durante a leitura. Contudo, ela cresceu bastante no decorrer da história e aprendeu a tomar as suas próprias decisões baseando-se no que acreditava ser o certo.

Em questão de personalidade, ela é uma personagem bem insossa, que não me passou confiança, e isso fez com que eu tomasse uma certa antipatia por ela. Outro ponto que me incomodou, foi o triângulo amoroso, que particularmente não fez diferença nenhuma na história. Os personagens não foram bem desenvolvidos e não existia química entre eles.

Os personagens secundários foram muitos importantes na trama, porém, mais uma vez, senti que faltava algo, principalmente na ligação de Zália e os seus amigos, que, através dos diálogos, demonstraram ter uma relação bastante superficial, que não apresentou sentido algum, levando em conta os papeis que eles tinham na sua vida e no seu reinado.

A escrita da autora é bem monótona e, infelizmente, demorei bastante para finalizar a leitura. Como ponto positivo, eu gostei dos questionamentos políticos feitos pela autora e da forma como ela trabalhou o tema: corrupção em meio às intrigas políticas, envolvendo a família real e a resistência. A resolução do problema me deixou com um pé atrás e eu confesso que espera algo diferente e menos previsível.

A edição está bem bonita, folhas amareladas e letras confortáveis, não encontrei nenhum erro de revisão, a capa está bem caprichada e eu adorei o jogo de cores utilizado. A narrativa é feita em primeira pessoa, pelo ponto de vista da Zália.

O REINO DE ZÁLIA foi uma leitura que apresentou uma boa proposta, mas que, infelizmente, não funcionou muito bem para mim.  


AVALIAÇÃO:


AUTORA: Luiza TRIGO, ou Luly, como prefere ser chamada, nasceu no Rio de Janeiro, onde se formou em Cinema, e fez uma especialização em Roteiro pela New York Film Academy (NYFA). Trabalhou em uma produtora de Nova York como assistente de produção e câmera e, de volta ao Rio, participou de produções audiovisuals, além de atuar como assistente de direção na direção na gravação de DVDs de diversos músicos profissionais
EDITORA: Seguinte
PUBLICAÇÃO: 2018
PÁGINAS: 436


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