O DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA é comemorado em 17 de maio em memória à data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010, de acordo com o Decreto de 4 de junho desse ano.
Para quem não conhece, João Silvério Trevisan é escritor, jornalista, dramaturgo, tradutor, cineasta e defensor da comunidade LGBT brasileiro. Ele também é um ex-seminarista, assumiu sua homossexualidade à época da Ditadura. Quando foi implantado o AI-5, a pior e mais dramática fase dessa época, ele saiu do Brasil e foi morar na Califórnia, EUA, onde acabou se assumindo politicamente. Voltando ao Brasil, ele foi um dos fundadores do grupo Somos na defesa dos direitos dos homossexuais e sua descriminalização na década de 1970. Até setembro de 2005 atuava como diretor da oficina literária do SESC e assinava uma coluna mensal na revista G Magazine.
Autor de mais de dez livros e vencedor de diversos prêmios, DEVASSOS NO PARAÍSO é sua mais famosa e contundente obra. Num frutífero diálogo com diversos campos de conhecimento e expressões de nossa cultura — cinema, teatro, política, história, medicina, psicologia, direito, literatura, artes plásticas etc. —, João Silvério Trevisan realiza um estudo pioneiro sobre a homoafetividade no Brasil. Considerado uma referência, o livro atravessou gerações, provocou intensa interlocução com a comunidade LGBT e influenciou desde ações emancipatórias até pesquisas sobre gênero e sexualidade. Agora, esse monumental trabalho chega à sua quarta edição trazendo novos capítulos, imagens e texto atualizado sobre as lutas e conquistas dos direitos LGBT ocorridas no século XXI.
É uma obra contundente, ampla, de leitura obrigatória, e está disponível em formato e-book ou físico. Você pode comprar na Amazon.
Caraca, que interessante. Acredito que sempre tive uma certa curiosidade em ler algo dos séculos passados sobre o preconceito aqui no Brasil. Vou deixar a dica anotada, pois acho que conhecer é imprescidivel.
Um importante dia para o movimento .
E um ícone importante do movimento. Alguém que luta pelo movimento desde uma época em que era perigoso se assumir.
Carl!
Importante vermos a representatividade LGBT no Brasil e trazer um escritor conceituado para comemoração do dia, é bem bacana.
O livro mostra as pesquisas feitas por ele através das vivências na época da colônia e como desde lá, já era abertamente feita a cultura LGBT, embora muito não se asumisse.
cheirinhos
Rudy
Aquele tipo de dia que precisou existir devido a ignorância do ser humano. Ao mesmo tempo que fico triste com isso, sei muito bem da importância de tal data não somente às pessoas que fazem parte desse “grupo”,mas como também, a nós, partes desse TODO.
Deveríamos por obrigação sermos humanos, irmãos…apenas isso. Sem rótulos, sem condenações.
Viva o amor, viva o respeito. Mas enquanto isso não acontece, que livros assim cheguem até nós!
Beijo
Olá, Carl
Muito importante essa data, e o seu post é muito bom e informativo!
Não conhecia o João, então amei saber algo sobre ele.
Fiquei com vontade de ler os livros dele.
Obrigado pelo post
Beijos
Infelizmente eu não consigo ler não-ficção, não importa o quão maravilhoso e importante ele pode ser, eu travo na leitura e não passo de jeito nenhum. A única exceção foi a autobiografia do Bob Dylan que mais parecia um romance de tão maravilhoso. De qualquer forma seu post foi maravilhoso e eu tenho certa que conseguiu chamar a atenção que de quem interessa pelo tipo de leitura =)
Olá! Fico chocada em saber que o homessexualismo era considerado uma doença, as vezes bate uma vergonha por fazer parte da humanidade. Esse livro é um clássico, e ouso ir além, e dizer por que não, leitura obrigatória, para que mais pessoas possam conhecer um pouco mais sobre o tema, as lutas e conquistas dessa parte da sociedade ainda tão discriminada por muitos.
Oi, Carl
Não li o livro, mas quero muito ter em mãos.
Essa data é muito importante, só que ainda temos muitas pessoas homofóbicas. Temos que evoluir muito ainda nesse sentido.
Fico feliz que existe pessoas como o autor que lutam pela liberdade.
Beijos