Lucy tem 27 anos, jovem, artista, solteira. Quando fica sabendo, pelos pais, que os avós, Phyllis e Allen, 91 e 93 anos, respectivamente, se inscreveram em um cruzeiro pelo Caribe, decide que precisa ir junto para cuidar deles, mesmo porque mais ninguém se prontificou a isso. Lucy também quer aproveitar a viagem para ler o livro de memórias de Allen, onde ele conta o período em que serviu no exército, durante a Segunda Guerra Mundial.
Nas semanas seguintes, Lucy não vai apenas acompanhar os avós; ela vai ter o primeiro contato sobre como é envelhecer, como é perder a memória, como é ter dificuldades para andar, para sentar, enfim, como é ter seu físico debilitado gradativamente, sem poder fazer nada para impedir, a não ser aceitar. Mas mais duro que isso: como é ter conhecimento de estar mais perto da morte.
Lucy não apenas aprende mais sobre os avós, sobre a velhice, como também aprende sobre o preconceito das pessoas em relação aos mais velhos, em como o mundo não está adaptado, e nem tem interesse em se adaptar, às pessoas que merecem um descanso e um tratamento especial, em reconhecimento a tudo que já viveram e à experiência que adquiriram.
A velhice é uma fase que carece de sensibilidade e de paciência, onde a maioria das pessoas são relegadas a asilos ou ficam esquecidas em casa, apenas esperando. A sociedade não vê mais qualquer necessidade dos idosos, a economia os vê como uma despesa pesada, as famílias só querem que não dêem trabalho. Tudo o que realizaram, tudo o que representaram, fica esquecido.
É essa a lição que Lucy aprende. Ela começa o cruzeiro sem saber como agir com os avós, mas termina com a descoberta de um amor e uma admiração que nunca pensou que existisse.
Ao mesmo tempo, Lucy narra todo o passado do avô durante a guerra, desde os preconceitos, até vários episódios cômicos e outros perigosos. Ela lê como eles se apaixonaram, e compreende porque estão casados há mais de 60 anos. Ela descobre como um relacionamento amadurece, como as pessoas mudam com o tempo, se não na personalidade, no físico e na capacidade mental. Que ninguém permanece imutável para sempre. Ou melhor, que ninguém permanece para sempre, e que o tempo que temos juntos, depois que acaba, é que se percebe como é curto.
DESLOCAMENTO trata da velhice com um humor simples, sensível, e entrega várias mensagens para quem não tem ideia do que é ser relegado ao esquecimento. Lucy aprende que ela é o resultado dos relacionamentos de seus avós, de seus pais, qual a importância de uma família ajustada, e como os idosos precisam enfrentar dificuldades que não deveriam existir se a sociedade, as pessoas, tivessem um pouco mais de interesse neles.
Ficou curioso, curiosa, em conhecer Phyllis e Allen? Então, para ganhar um exemplar de DESLOCAMENTO, basta seguir as regras abaixo!
REGRAS
UM: Preencher o formulário de participação, sendo que existem entradas obrigatórias, que valem um ponto cada uma, entradas opcionais, que valem cinco pontos cada uma, e uma entrada diária opcional que vale cinco pontos a cada dia que voce fizer. Quantos mais pontos voce somar, mais chances tem de ser sorteado;
DOIS: Deixar um comentário neste post;
TRÊS: O ganhador precisa ter endereço no Brasil para receber o prêmio;
QUATRO: Após 18/12/2019, será feito o sorteio pelo formulário de participação;
CINCO: O prêmio será enviado em até 30 dias úteis, após divulgado o resultado. O blog nao se responsabiliza por extravios, danos ou roubos do prêmio enviado;
SEIS: O ganhador(a) terá 48 horas para responder ao e-mail de solicitação do endereço. Caso não responda nesse prazo, será desclassificado(a) e um novo nome será sorteado;
SETE: O blog GRAMATURA ALTA se reserva o direito de dirimir questões não previstas nestas regras.
RESULTADO
Giovanna Talamini (@giovannatalamini)
AVALIAÇÃO:
AUTORA: Lucy KNISLEY
ILUSTRADOR: Lucy KNISLEY
TRADUÇÃO: Carol CHRISTO
EDITORA: Nemo
PUBLICAÇÃO: 2019
PÁGINAS: 144
COMPRAR: Amazon
Uma história tocante que nos mostra a fragilidade da vida, do relacionamento familiar.
Tive um relação linda com minha avó materna. Também não falávamos de Amor e sentimentos mas no dia a dia ele era palpável.
Sei que esss livro vai me levar as lágrimas
Engraçado e triste tudo isso. Eu sou avó..rs e tem dias que me olho e não me vejo assim,mas sou e coruja. Tá, nada comparado ao casal do livro,mas…será que chegarei a esse ponto? Não sei..não sabemos!
Por isso, o livro já me ganhou de cara, por trazer isso dos avós. Do preconceito, das dificuldades, do “trabalho” árduo que é lidar com a perda de memória, a mobilidade. Minha avó tem 97 anos, vive na cama, minha mãe e seus irmãos sofrem com tudo isso. Querem cuidar, mas tem dias que ela não se lembra onde está, com quem está.
Fiquei aqui lendo a resenha e me colocando no lugar não somente de Lucy, mas também dos avós!
Já quero demais e este eu vou participar e torcer muito!
Beijo
Oi!
Me parece ser um livro tão triste… QUERO!
Pelas imagens, achei muito bacana o jeito que a artista contextualiza o leitor nos pensamento da personagem.
A história do livro é sobre a própria autora?
A história parece ser linda! Envelhecer é muito difícil, além do preconceito das pessoas com nossos idosos, muitas vezes tem a questão da dificuldade dos idosos em aceitar a própria velhice, a necessidade de cuidados etc. Acompanhei isso na minha avó paterna, na minha tia avó, e ainda vejo isso na minha avó materna. Com avôs infelizmente não pude acompanhar essa fase, eles tiveram mortes precoces. Espero que o livro ajude a conscientizar a não ter preconceito com nossos idosos, afinal, se tudo correr bem, todos nós chegaremos a essa idade algum dia.
Carl!
Nunca entendi como as pessoas mais novas tratam os mais idosos de forma a desprezá-los, esquecê-los e não se preocuparem com eles… Será que essas pessoas não se imaginam na velhice? Desde que cursava psicologia, sempre tive um olhar mais voltado para os da ‘melhor idade’. Os acho interessante e carregados de experiências e depois de ter passado um tempo aompanhando mainha e meus tios em suas doenças e necessidades, fiquei ainda mais compadecida.
Deve ser um livro tão transformador que todos temos de lê-los.
cheirinhos
Rudy
Olá, tudo bem? Nossa eu amei os traços da obra, parece ser mesmo uma ótima leitura! Eu estou comprando algumas obras do selo nemo e tenho me apaixonado pela beleza ♥
Amei! Estou curiosíssima para ler o livro! É importantíssimo aprendermos a nos colocar no lugar dos idosos, até porque, um dia estaremos no lugar deles. E ter a parte sobre as memórias de guerra também é incrível, porque traz o que o avô dela já fez, quando era mais novo.
Empatia é algo que precisamos estar sempre trabalhando.
Olá!
Own, que HQ fofo. Tem uma ótima historia e claro com ensinamentos incríveis. Bom, essa situações que os idosos passa e normal porque sabemos que na sociedade de hoje em dia eles também sofrem com isso. Espero poder ter a oportunidade de ler esse livrinho e saber tudo o que a personagem irá aprender.
Meu blog:
Tempos Literários
Olá! Não só curiosa para conhece-los, diria até necessitada (risos)! Que livro maravilhoso, tenho certeza que é daquelas leituras que emociona, mas também que engrandece e que faz com que sejamos pessoas melhores ao final da história. Aqui em casa eu costumo brincar que chegou a hora de invertemos os papeis e hoje me considero mãe dos meus pais (que aliás são os melhores tá).
Okay, é uma história pra divertir ou pra fazer chorar? skopaksopkaopsk Mas é, o momento em que percebemos que os mais velhos próximos a nós irão partir… É um baque e tanto. A autora tem que ter sido muito genial pra abordar um tema desses de forma leve.
Bem triste mas muito interessante. Gostaria muito de ler essa obra. Lindas ilustrações
Oi, Carl
Nossa gostei muito dessa HQ, super interessante a autora trazer esse tema.
Mostrar para nós o cuidado, a importância de se importar com os mais velhos. Infelizmente não tenho mais avós e mãe, mas tudo que pude fazer/estar perto eu fiz, tenho muita saudade e tenho certeza que quando ler essa HQ vou rir e chorar.
Não entendo como algumas pessoas desfazem de seus parentes idosos, será que nunca pensam que um dia se tornará um deles. E outra idosos tem uma bagagem e sabedoria temos que sempre estar perto deles.
Estou torcendo para ganhar, beijos.
Não me preocupo com o envelhecer. Com 67 anos, sou mãe, avó e bisavó e sei que as dificuldades
que hoje passo por conta da idade são normais e sei também que posso contar com minha filha que
me rodeia o tempo todo. Muito lindo de ver como o livro se desenrola e o aprendizado que ele traz.
Acho que será uma leitura muito proveitosa para muitos filhos também.
Adoro as hqs da Nemo. O que eu gosto nessa é a forma delicada com a qual eles retratam o alzheimer. Sem falar nos traços belissimos