Em ALICE BLACK – PRINCESINHA DO INFERNO, Alice é roadie da Mell’s Angels, uma banda de rock iniciante, cuja estrela é sua irmã mais velha. Humilhada constantemente pelos integrantes, sua situação piora quando descobre que eles venderam sua alma em troca de sucesso imediato. Lançada no submundo, enquanto a banda desponta para o estrelato, Alice inicia uma louca jornada através dos perigos, descobertas, desafios de um inferno totalmente rock and roll, governado por um Príncipe das Trevas que talvez nem seja tão terrível assim…

ALICE BLACK – PRINCESINHA DO INFERNO veio com um tom de que seria uma leitura incrível, explosiva, até porque uma princesa do inferno? Uau! Infelizmente não foi o que eu esperava. Alice é ingênua demais, tipo, o tempo todo. Ela tinha tudo para ser uma personagem que causasse, fosse “a maioral“, mas eu só via ela sendo uma criança que nunca cresceu. Sempre buscava aprovação da irmã, Melissa, sempre buscava ser aceita. Até mesmo depois que a irmã vendeu sua alma, ela queria encontrá-la, foi cansativo demais.

A manipulação que ela sofria era tão abusiva que chegava a me enjoar. Eu sentia raiva da Alice, porque ela simplesmente não reagia, era tratada como lixo e permanecia onde estava, por medo e comodismo. A palavra é comodismo.

Eu não senti a leitura fluindo boa parte do livro, acho que as passagens eram muito pesadas, com informações demais, carregadas de tantos detalhes que você se perdia em meio a leitura.

A banda tratava ela como lixo e pareciam cachorrinhos da Melissa, como se tudo que importasse fosse a aprovação dela. Outra coisa que me irritou, até porque a Melissa é manipuladora, chantagista e egocêntrica, só pensando nela, e todos indo atrás como se ela fosse Cleópatra.

Temos o esteriótipo de macho bonito, James, que achou Alice incrível e não conseguiu mandá-la ao submundo e todo o drama de macho que se apaixona a primeira vista que sempre vemos.

Existem muitos personagens, muitos mesmo, se eu fosse fazer uma lista, vocês ficariam lendo a resenha por umas 2 horas. E a verdade, é que não são tão importantes.

O que me irritou na leitura, foi Alice estar no inferno, graças à irmã dela, e continuar sendo ingênua, e parecia que ninguém era tão mau assim. Gente, era uma parte do inferno, mas mesmo assim, inferno, olá?

E eu acho que amenizaram, muito, sobre de como fato seria um inferno, fizeram parecer um parque de diversões, principalmente em relação à cidade paraíso. Algumas coisas como referências a bandas, músicas, também ficaram confusas, principalmente para quem não conhece o mundo do rock.

Me decepcionei com a ALICE BLACK – PRINCESINHA DO INFERNO, não acredito que tenha sido algo produtivo para mim, entretanto, a edição do livro é bonita, cheia de detalhes, com diversos desenhos entre os capítulos. Acredito que muitas pessoas gostariam da história, mas não foi o que aconteceu comigo.


AUTORES: Carlos Henrique ABBUD e Flávia GONÇALVES
EDITORA: Pendragon
PUBLICAÇÃO: 2019
PÁGINAS: 260


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